Olhares – Perspectivas para o Desenvolvimento -
2012 a 2019
Breve Histórico e Vivências.
“Mais do que gerar respostas,
almejamos promover questionamentos, ação que toda boa arte traz vinculada a si
mesma.”
No mês de novembro de 2004, no Município de Águia
Branca, é realizado no Auditório Municipal “Wilson Cruz” uma Oficina de
Formação Cineclubista, que foi estimulada, pelo Parque Ecológico Municipal
“Recanto do Jacaré” e pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura. A
atividade foi realizada com apoio técnico da Secretaria de Estado da Cultura do
Espírito Santo. Resultante da formação, no dia 10 de novembro de 2004, por meio
de uma Assembleia de Constituição, é criado o Cineclube Eco Social Águia
Branca.
Ainda em 2004, o Cineclube Eco Social se filia ao Conselho
Nacional de Cineclubes Brasileiros, e participa no mês de dezembro, da 25ª
Jornada Nacional de Cineclubes, realizada em São Paulo-SP, evento que
marcou ao processo de rearticulação do movimento cineclubista brasileiro.
Nos anos seguinte, o Eco Social, realiza
diversificadas apresentações de filmes com sessões cineclubista em vários
espaços, como o Parque Recanto do Jacaré, o Auditório Municipal, a Casa
Polonesa e nas escolas da rede pública. Participa em 2006, da 26ª Jornada
Nacional de Cineclubes realizada em Santa Maria - RS, e inicia após esta
jornada, uma ampla difusão do cineclubismo na região noroeste do Espírito
Santo. Estimulando e apoiando a criação de cineclubes em outros municípios da
região. O cineclube passa a vivenciar ao diálogo com outros espaços e aspectos
de fomento social, educacional, humano e ambiental, contribuindo com estas
temáticas, a partir do acesso ao cinema, enquanto recurso pedagógico e
democrático.
No ano de 2011, o “Eco Social” por meio de um de
seus membros, é selecionado para o “Curso de Formação Agente Cultura Jovem”
promovido pela Secretaria de Estado da Cultura por meio do Programa Rede
Cultura Jovem. Durante as atividades práticas do curso é criado o primeiro
esboço do Projeto Olhares – Perspectivas para o Desenvolvimento. O
Objetivo da proposta de projeto, era estimular e realizar em Águia Branca,
ações de fomento cultural e a intervenções sócios culturais que pudessem
contribuir para o desenvolvimento cultural, dialogar com outras manifestações
da cultura regional, e consolidar a importância da participação da cultura nos
diversos processos de desenvolvimento da região noroeste e de seus municípios.
A metodologia proposta era de utilizar ao recursos
do audiovisual e de suas linguagens como ferramenta lúdica e pedagógica,
abordando a percepção em se olhar e de olhar aos espaços em nossa volta,
promovendo novas percepções e aprendizados, e estimulando ao aprendizado e ao
diálogo. Proporcionando a transformação social, no cotidiano popular, nas
comunidades e suas relações interpessoais, e no meio ambiente como um todo.
Em 2012, o Cineclube Eco Social, por meio deste
projeto elaborado durante o Curso Agente Cultura Jovem, é contemplado no Edital
Bolsa Cultura Jovem - Rede Cultura Jovem; e inicia as suas primeiras
atividades. Realizando no município de Águia Branca, a um estudo sobre a
cultura local, entrevistando à alunos do ensino fundamental e médio, da rede
pública de escolas. A pesquisa aprofundou-se em como os adolescentes e jovens,
percebiam a presença das manifestações culturais, como identificavam a cultura
e a sua importância na formação e educação deles, e como percebiam a
participação da cultura no desenvolvimento da cidade e no cotidiano da
população.
Nos anos seguintes, o projeto junto ao cineclube e
o projeto olhares, continuam promovendo atividades culturais e dialogando com
outras manifestações e grupos de cultura, e com outros espaços sociais. Quando
no ano de 2014, o “Olhares” foi contemplado no Edital “Mais Cultura
nas Escolas” promovido pelo Ministério da Educação e Ministério
da Cultura. Passa a se difundir para outros espaços e municípios, atuando
regionalmente, por meio de parceria com a Escola Estadual Olegário Martins,
passa atender ao município de Água Doce do Norte, com ações voltadas para o
relacionamento comunitário, ao resgate e preservação das culturas e identidades
no Distrito de Santa Luzia do Azul. E no município de Barra de São Francisco,
com a Escola Governador Lindenberg, estimula a ações de música junto a
artista Israelle Cândido e outras ações, com cineclube e produção audiovisual.
Destes espaços, resulta a produção de dois filmes de curta-metragem: “Uma
Escada em Minha Vida” e “Entre Montanhas”.
Após 2015, o projeto e o cineclube, passam a
dialogar com outras temáticas e metodologias, abrangendo do tema da cultura
para outros aspectos: educação, desenvolvimento social e humano, e outras
diversas temáticas de relevância ao fomento social.
O Projeto Olhares e as suas vivências, se difundem
para outras regiões, atendendo em 2016 a Região Metropolitana, com a proposta
de intercâmbios regionais e compartilhamento de vivências e realidades entre as
regiões capixabas. Assim, se realiza a I Mostra de Audiovisual Olhares,
com apresentação de filmes realizados pelo Circuito Cine Fusca - Cineclube
Eco Social, que circulou alguns municípios do noroeste, formando novos
cineclubes e produzindo filmes sobre as identidades e histórias locais. A
mostra foi realizada na Universidade Federal do Espírito Santo, no Cineclube
Metrópolis. E contou com a presença de alunos da rede pública municipal das
cidades: Águia Branca, Governador Lindenberg, Mantenópolis, e de Vitória. E com
a presença institucional do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros
e da Federação Internacional de Cineclubes.
Em 2017, o Projeto Olhares, alcança o âmbito
nacional, realizando em Atibaia – SP, uma sessão cineclubista com o curta “Vida
Saudosas Lembranças” do Diretor Luciano Guimarães de Freitas, por meio de
parceria com o Grupo Acolher e a Difusão Cultural Atibaia.
Após seis anos de ações e experiências, no ano de
2018, o Projeto Olhares é contemplado pelo primeira vez no Edital de
Educação Patrimonial do Fundo de Estado da Cultura do Espírito Santo,
para ações neste ano de 2019. Propondo a continuar a busca por novos
aprendizados, experiências, vivenciando as diversas formas de se olhar e olhar
os ambientes e relações, e inovando as suas próprias metodologias de abordagem,
experimentando assim, outras percepções. Neste ano que se inicia, o Projeto
Olhares, realiza ações de formação cidadã e cultural, a partir dos temas do
meio ambiente e a cultura, realizando ações inovadoras aos processos de
educação patrimonial.
As atividades serão realizadas com recursos do
Edital 013/2018 Funcultura, e atenderam a localidades entorno de Patrimônios
Naturais do Espírito Santo.
As ações serão nos seguintes locais:
Região Serrana:
- Município de Itaguaçu – Patrimônio Natural: Mata Atlântica. Parceria Institucional: Prefeitura Municipal de Itaguaçu.
- Município de Afonso Cláudio – Patrimônio Natural: Mata Atlântica. Parceria Institucional: Associação Diacônica Luterana e Cineclube Nalagoa.
Região Metropolitana:
- Município de Vitória – Patrimônio Natural: Lameirão - Manguezal.Parceria Institucional: Instituto Manguerê.
Os produtos finais das atividades propostas, será a
produção de 06 filmes com temática ambiental e comunitária, realizados por
jovens e adolescentes e outras faixas etéricas, sendo moradores e
frequentadores dos locais entorno dos patrimônio naturais. Através de oficinas
ministradas por profissionais de cinema e educação ambiental. Propondo ao
fomento de novas práticas educacionais na valorização do patrimônio natural e
cultural, inovando a forma de observação e relação com o contexto ambiental na
inter-relação entre o público e o patrimônio, enquanto produtor e receptor de
ações.
As atividades serão:
- Palestra de Educação Ambiental; Oficina de
Animação; Oficina de Documentário e Oficina de Cineclubismo.
A psicóloga e escritora Lucifrance Carvalhar,
em seu texto “A Diferença entre Olhar e Ver”, conceitua com muita
propriedade a importância do “olhar”: “Desenvolver o olhar é fundamental,
porque ele é ação, é perceber, é conviver, é observar as nuances do outro e de
si mesmo”. E nos relata segundo a filósofa Márcia Tuburi: “Aprender
a pensar é descobrir o olhar”.
O Projeto Olhares – 2019, é realizado pelo Cineclube
Eco Social, com recursos do Edital 013/2018 – Fundo de Estado da Cultura
(Funcultura) do Espírito Santo, em parceria com o Instituto Manguerê,
e com apoio da Associação Diacônica Luterana (Afonso Claudio) e Prefeitura
Municipal de Itaguaçu por meio de sua Subsecretaria de Cultura.
Integram a Equipe do Projeto em 2019:
·
Gestão: Instituto Manguerê
·
Coordenação: Alcione Dias e Vera Lúcia Miranda Guimarães.
·
Produção Executiva: Luciano Guimarães de Freitas
·
Oficina de
Animação: Bruno Cabús.
·
Oficina de
Documentário: Ricardo Sá
·
Oficina de
Cineclubismo: Luciano Guimarães de Freitas
·
Palestra de
Educação Ambiental: Vera Lúcia Miranda Guimarães
Por Vera Lúcia Miranda Guimarães
Pedagoga com Pós-Graduação em Gestão Ambiental;
Gerenciou a criação dos Parques Ecológicos “Recanto do Jacaré” e “Sombra da
Tarde”, respectivamente em Águia Branca e Barra de São Francisco, Espírito
Santo.
Proponente no Edital 013/2018 – FUNCULTURA - ES
Coordenação Pedagógica – Projeto Olhares 2019
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